Método de Entrevistas Baseadas em Cenários e Tarefas
Resumo
Com a evolução dos computadores, houve também uma evolução no universo de usuários desses equipamentos. O público-alvo ficou heterogêneo, formado por pessoas de diferentes níveis de conhecimento. Este fato gerou a necessidade de facilitar a interação entre o computador e o usuário, chamada de usabilidade. Os testes de usabilidade devem ser conduzidos durante todo o desenvolvimento do sistema, pois ajudam a identificar as necessidades dos usuários e minimizam o stress da aceitação do sistema. O artigo apresenta um teste de usabilidade desenvolvido especificamente para o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), chamado de método de entrevistas baseadas em cenários e tarefas. Essa técnica consiste de uma forma flexibilizada dos testes de usabilidade e foi adaptada para ser aplicada ao contexto do IBGE, com a participação dos entrevistadores desse Instituto, que utilizam PDAs (Personal Digital Assistant) para suas coletas de dados. O método proposto é formado por duas etapas: primeiro, o usuário é observado utilizando o PDA durante a visita de campo; depois, o usuário participa de uma entrevista de usabilidade, em um laboratório portátil. São fornecidos aos participantes os cenários, que são textos explicativos que simulam situações comuns que ocorrem nos trabalhos de campo e as tarefas, para que ele utilize o aplicativo no PDA. A interação é toda gravada em vídeo. A análise das imagens gravadas permitiu que os pesquisadores detectassem vários problemas de usabilidade, em graus variados.
Palavras-chave
Texto completo:
pdfReferências
AGNER, L.; MORAES, A. (orientador). Arquitetura de Informação e Governo Eletrônico: Diálogo Cidadãos-Estado na World Wide Web – Estudo de Caso e Avaliação Ergonômica de Usabilidade de Interfaces Humano-Computador. Tese de Doutorado – Departamento de Artes e Design, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2007. 354p.
ALBERTIN, A. L. Valor estratégico dos projetos de tecnologia de informação. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 41, n. 3, p. 42-50, jul./set, 2001.
BARNUM, C. M. Usability testing and research. New York: Pearson Education, 2002. 428p.
BURZAGLI, L. et al. Accessibility and Usability Evaluation of MAIS Designer: A New Design Tool for Mobile Services. Universal Access in HCI, Part II, HCII 2007, LNCS 4555, pp. 275–284, 2007.
CHAN, S., ROCHA, H. V. Estudo Comparativo de Métodos para
Avaliação de Interfaces Homem-Computador. Universidade de Campinas – UNICAMP, Instituto de Computação – IC. Setembro de 1996. Disponível em: . Acesso em: 04 nov. 2009.
CYBIS, W., BETIOL, A.; FAUST, R. Ergonomia e Usabilidade: Conhecimento, Métodos e Aplicações, São Paulo: Novatec, 2007.
DIAS, C. Usabilidade na Web: criando portais mais acessíveis, 2 ed., Rio de Janeiro:.Alta Books, 2007.
DUMAS, J. ; REDISH, J. C. A practical guide to usability testing. Norwood, NJ; Ablex Publishing, 1994.
EINSFELD, K., EBERT, A.; WÖLLE, J. Interconnected media for human-centered understanding - Proceedings of the international workshop on Human-centered multimedia - Augsburg, Bavaria, Germany, p. 67- 76, 2007.
FERREIRA, S.; NUNES, R. e-Usabilidade, Rio de Janeiro: LTC, 2008.
GOOGLE DOCS. Disponível em: . Acesso em: 07 mar. 2010.
HENRY, S. L. (Ed.), Web Content Accessibility Guidelines (WCAG) Overview. World Wide Web Consortium. Disponível em: . Acesso em: 02 mar. 2008.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Quinto Fórum do Sistema Integrado de Pesquisas Domiciliares por Amostragem. Disponível em: . Acesso: 15 dez. 2008.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2010). Principais Funções. Disponível em: . Acesso em: 29 mar. 2010.
LEITÃO, M. (2010). Brasil terá um retrato da nova dinâmica do trabalho. Disponível em: . Acesso em: 29 mar. 2010.
LOUREIRO, A. A. F. et al. (2008). Comunicação Sem Fio e Computação Móvel: Tecnologias, Desafios e Oportunidades. Minicurso apresentado no Congresso da Sociedade Brasileira de Computação. Campinas, SP. Ago. 2003. Disponível em: . Acesso em: 11 jun. 2008.
NIELSEN, J. (2000). Why You Only Need to Test With 5 Users. Disponível em: . Acesso em: 28 jul. 2008.
NIELSEN, J. (2004). Risks of quantitative studies. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2004.
NIELSEN, J. (2007). Ten usability heuristics. Disponível em: . Acesso em: 24 abr. 2007.
NIELSEN, J.; LORANGER, H. (2007). Usabilidade na web. S.P: Editora campus, 2007.
NORMAN, D. A. The Invisible Computer: why good products can fall, the personal computer is so complex, and information appliances are the solution. Cambridge, Massachusetts: MIT Press, 1999.
PRATES, R. O.; BARBOSA, S.D.J. (2003). Avaliação de Interfaces de Usuário – Conceitos e Métodos - Jornada de Atualização em Informática (JAI) do XXIII Congresso da SBC, v. 2, p. 245-293.
PREECE, J., ROGERS, Y; SHARP, H. Design de Interação: além da interação homem-computador, 1 ed, Porto Alegre: Bookman, 2005.
SIMÕES, P. C. M. et al. (2007). Experiência: Coleta de dados por computadores de mão para censos de proporções continentais. Concurso Inovação na Gestão Pública Federal. Disponível em: . Acesso em: 11 jun. 2009.