COOPERAÇÃO E APRENDIZADO INTERORGANIZACIONAL PELO USO DE REDES SOCIAIS DIGITAIS: UMA ANÁLISE NO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL (APL) DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO EM ARACAJU/SE
Resumo
O presente estudo analisa como as redes sociais digitais (RSD) promovem a cooperação e aprendizado no arranjo produtivo local (APL) de tecnologia da informação (TI) de Aracaju/SE. A pesquisa consiste em um estudo qualitativo descritivo com uso de estudo de casos múltiplos no APL de TI de Aracaju/SE. Para coleta dos dados foi aplicado um roteiro de entrevista semiestruturada a três diferentes gestores (sócios) de empresas participantes do APL. Os resultados indicam que as empresas utilizam redes sociais digitais como o facebook, whatsapp, telegram e google group para troca de informações técnicas em uma cooperação incipiente, com baixo aprendizado interorganizacional e inexpressivos ganhos competitivos. Em função dos resultados apresentados, e em consideração ao potencial colaborativo das empresas pesquisadas, esse estudo propôs um modelo conceitual para cooperação e aprendizado pelo uso de redes sociais digitais.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
BALESTRIN, A.; VERSCHOORE, J. R.; REYES Jr., E. O campo de estudo sobre redes de cooperação interorganizacional no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, [S. l.], v. 14, n. 3, p. 459-477, 2010.
BORTOLASO, I. V.; VERSCHOORE, J. R.; VALE JR, Á. S. E. do. O relacionamento sustenta a cooperação empresarial? Uma análise do relacionamento interno em duas redes horizontais. Análise, Porto Alegre, v. 23, n. 3, p. 234-243, set.-dez. 2012.
BRASS, D.; GALASKIEWICZ, J.; GREVE, H.; TSAI, W. Taking Stock of Networks and Organizations: A Multilevel Perspective. Academy of Management Journal v. 47(6), p. 795–817, 2004.
BRUNEEL, J.; R.; HELENA; YLI; B., Clarysse. Learning from experience and learning from others: how congenital and interorganizational learning substitute for experiential learning in young firm internationalization. Strategic Entrepreneurship Journal - Strat. Entrepreneurship J., v. 4, p. 164–182, 2010.
CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M.; MACIEL M. L. (orgs.) Pequena Empresa: cooperação e desenvolvimento local. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.
CASTRO, L. H. Arranjo produtivo local. Brasília: SEBRAE, 2009. 44 p. (Série Empreendimentos Coletivos).
COGHLAN, D.; COUGHLAN, P. Effecting Change and Learning in Networks through Network Action Learning. The Journal of Applied Behavioral Science, v. 51 (3) 375–400, 2015.
COLET, D. S.; Importância da aprendizagem interorganizacional para micro e pequenas empresas: proposição de um framework de análise. In: IX Encontro de estudos sobre empreendedorismo e gestão de pequenas empresas, 2016, Passo Fundo. Anais... Passo Fundo: Universidade de Passo Fundo, 2016.
EISENHARDT, K. M. Building theories from case study research. Academy of Management, v. 14, n.4, p. 532-550, Oct. 1989.
ESTEVES, Gina Maria da Rocha. Cooperação Empresarial: Proposta de um Modelo para o Setor dos Transportes/Logística. 2012, 93 f. Dissertação (Mestrado em ciencias sociais e humanas) – Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal, 2012.
FERREIRA, N. S.; ARRUDA FILHO, J. M. Facebook e Whatsapp: Uma análise das preferências de uso. REUNA, Belo Horizonte - MG, v.20, n.3, p. 47-64, Jul. – Set. 2016.
FONTELLES, M. J.; SIMÕES, M. G.; FARIAS, S. Hasegawa; FONTELLES, R. G. S. Metodologia da pesquisa científica: Diretrizes para a elaboração de um protocolo de pesquisa. Trabalho realizado no Núcleo de Bioestatística Aplicado à pesquisa da Universidade da Amazônia – UNAMA, 2009.
GEROLÁMO, M. C.; CARPINETTI; L. C. R.; FLESCHUTZ, T.; SELIGER, G. Clusters e redes de cooperação de pequenas e médias empresas de PMEs: observatório europeu, caso alemão e contribuições ao caso brasileiro. Gestão da Produção, São Carlos, v. 15, n. 2, p. 351-365, maio-ago. 2008.
GIBB, J.; SUNE, A.; ALBERS, S. Network learning: Episodes of interorganizational learning towards a collective performance goal. European Management Journal xxx, p. 1e11, 2016.
GONÇALVES, A. C. B.. A cooperação informal para a internacionalização. 2014, 110 f. Dissertação (Mestrado em Gestão e Internacionalização de Empresas) - IPP – Escola superior de tecnologia e Gestão, Felgueiras, Portugal, 2014.
GOVERNO DE SERGIPE. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia. Plano de desenvolvimento do arranjo produtivo de tecnologia da informação da grande Aracaju, 2009.
GUNELIUS, S. Blogging All-in-One For Dummies. 2012.
KATONA, Z.; ZUBCSEK, P. P.; SARVARY, M. Network Effects and Personal Influences: The Diffusion of an Online Social Network. Journal of Marketing Research,vol. 48, n. 3, p. 425-443, june, 2011.
LEÃO, A. L. M. S.; MELLO, S. B. C.; VIEIRA, R. S. G. O papel da teoria no método de pesquisa em Administração. Revista Organizações em Contexto, v. 5, n. 10, p. 1-16, 2009.
MARTINS, D. M.; FARIA, A. C. De; FARINA, M. C. Cooperação e poder na qualidade do relacionamento das cooperativas de crédito. R. Adm. FACES Journal Belo Horizonte, v. 15 n. 2 p. 25-45 abr./jun. 2016.
MELO, S.; BECK, M. Intra and Interorganizational Learning Networks and the Implementation of Quality Improvement Initiatives: The Case of a Portuguese Teaching Hospital. Human resource development quarterly, v. 26, n. 2, Summer, 2015.
MENDES FILHO, E. Uma avaliação do programa de apoio ao arranjo produtivo local da pedra Cariri (CE). 2009. 103f. Dissertação (Mestrado em Economia) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, 2009.
MERCADO BRASILEIRO DE SOFTWARE: PANORAMA E TENDÊNCIAS- 1ª. ed. - São Paulo: ABES - Associação Brasileira das Empresas de Software, 2016.
MESSENGER. Disponível em: . Acesso em: 21 out. 2018.
MOZZATO, A. R; BITENCOURT, C. C. Understanding Interorganizational Learning Based on Social Spaces and Learning Episodes. BAR, Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, art. 3, pp. 284-301, July/Sept. 2014.
NEGREIROS, M. do M. D. Uso corporativo de mídias sociais digitais para a gestão de pessoas e gestão de conhecimento em restaurantes na cidade do Natal/RN. 2015, 98 f. Dissertação ( Mestrado em administração) - Programa de pós-graduação em administração – ppga, Universidade Potiguar, Natal, 2015.
NEUMAN, W. L. Social research methods, qualitative and quantitative approaches (3rd ed.). Boston: Allyn and Bacon, 1997.
OURO FILHO, A. M. do; OLAVE, M. E. L.; BARRETO, I. D. de C. Fatores Desarticuladores da Cooperação em Arranjos Produtivos Locais: Um Estudo Quantitativo no APL de Confecções de Tobias Barreto/SE. Brazilian Business Review-BBR, Vitória-ES,v.12, n.5, , Set.- Out. 2015.
PANJAITAN, M. J.; NOORDERHAVEN, Ni. G. Trust, Calculation, and Interorganizational Learning of Tacit Knowledge: An Organizational Roles Perspective. Organization Studies, v. 30 (10), p. 1021–1044.
PANJAITANA, M. J.; NOORDERHAVENB, N. G. Formal and informal interorganizational learning within strategic alliances. Research Policy, v. 37, p. 1337–1355, 2008.
PARK, S.; STYLIANOU, A.; SUBRAMANIAM, C.; NIU, Y. Information technology and interorganizational learning: An investigation of knowledge exploration and exploitation processes. Information & Management, v. 52, p. 998–1011, 2015.
PINTO, H; CRUZ, A. R.; COMBE, C. Cooperation and the emergence of maritime clusters in the Atlantic: Analysis and implications of innovation and human capital for blue growth. Marine Policy, v. 57, p. 167–177, 2015.
REDE DE PESQUISA EM SISTEMAS E ARRANJOS PRODUTIVOS E INATIVOS LOCAIS (Brasil). Foco. 2013. Disponível em: . Acesso em: 05 dez. 2016.
SÁNCHEZ, R. G.; MUIÑA, F. E. G. La creación de redes de cooperación entre empresarias rurales a través de las TIC: el caso de la plataforma ARTEMUR (España). Revista Sociedad y Economía, n. 21, p. 149-168, 2011.
SCOTT, J. Facilitating Interorganizational Learning with Informatio in Technology. Journal of Management Information Systems, v.17, n. 2, p. 81-113.
SIE, R. L.L; RIJPKEMA, M. B.; STOYANOV, S.; SLOEP, P. B. Factors that influence cooperation in networks for innovation and learning. Computers in Human Behavior, v. 37, p. 377–384, 2014.
SILVA, P. N.; MUYLDER, C. F. De. Inteligência competitiva e cooperação na percepção dos atores do arranjo produtivo local de software da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Perspectivas em Ciência da Informação, v.20, n.2, p.134-157, abr./jun. 2015.
SIMON KEMP; WE ARE SOCIAL. Digital in 2016. Disponível em: < https://d1ri6y1vinkzt0.cloudfront.net/media/documents/We%20Ares%20Social%20Digital%20in%202016v02-160126235031.pdf>. Acesso em 14 dez. 2016.
THE WHATSAPP NATION. Mobile Ecosystem Fórum. Disponível em: < http://mobileecosystemforum.com/2016/07/13/the-whatsapp-nation/>. Acesso em 22 dez. 2016.
TISOTT, P. B.; TOMIELO, T.; KROTH, D. F.; OLEA, P. M.; BORELLI, V. Alice; NESPOLO, D. O arranjo produtivo local - tecnologia da informação da serra gaúcha como um sistema de inovação. Inteligência Competitiva, São Paulo, v. 6, n. 6, p. 25-47, jan./mar. 2016.
VASUDEVA, G.; ALEXANDER, E. A.; JONES, S. L. Institutional Logics and Interorganizational Learning in Technological Arenas: Evidence from Standard-Setting Organizations in the Mobile Handset Industry. OrganizationScience, v. 26, n. 3, pp. 830–846, May–June, 2015.
VERSCHOORE, J. R.; BALESTRIN, A. Ganhos competitivos das empresas em redes de cooperação. R. Administração - Eletrônica, São Paulo, v.1, n.1, art.2, jan./jun. 2008.
YANG, S. M.; FANG, S. C.; FANG, S. R.; CHOU, C. H. Knowledge exchange and knowledge protection in interorganizational learning: The ambidexterity perspective. Industrial Marketing Management, v. 43, p. 346–358, 2014.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
ZAMBRANA, A. de A.; TEIXEIRA, R. M. Governança e suas implicações na promoção da cooperação em APLs: evidências em Aracaju/SE. Organizações em contexto, São Bernardo do Campo, v. 12, n. 23, jan.-jun. 2016.