Revista Reuna
QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO DE ELETRICITÁRIOS DO ESTADO DO CEARÁ
Resumo
O estudo apresenta a evolução de conceitos relacionados a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) destacando seus principais modelos e instrumentos utilizados para avaliar a QVT nas organizações. Aborda o conceito de periculosidade, destacando as atividades e operações perigosas com energia elétrica e estatísticas sobre os acidentes de trabalho que ocorrem com esses indivíduos. A pesquisa tem como objetivo analisar a QVT dos eletricitários do Estado do Ceará. Esta pesquisa foi aplicada junto a trabalhadores que lidam diariamente com a periculosidade a fim de verificar se este fator influencia ou não a QVT desses indivíduos. A pesquisa quantitativa de natureza descritiva foi realizada por meio de uma amostra não probabilística junto a eletricitários do Estado do Ceará. O instrumento utilizado foi QWLQ-bref (Questionário Abreviado de Qualidade de Vida no Trabalho) para obtenção dos dados. Os resultados obtidos apontam para níveis satisfatórios de QVT, onde as análises dos domínios físico/saúde, psicológico, pessoal e profissional apresentaram índice satisfatório. O estudo apresentado é um instrumento de diagnóstico para gestores de empresa no setor elétrico, com intuito de analisar os fatores importantes para satisfação desses trabalhadores. Para outros estudos, recomenda-se a inclusão de questões qualitativas para aprofundamentos sobre os domínios de QVT.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFReferências
BABBIE, E. Métodos de pesquisa de survey. 3. Ed. Belo Horizonte: UFMG, 2005.
BRASIL. Lei Nº 12.740, de 08 de dezembro de 2012. Altera o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei N° 5452, de 1 de maio de 1943, a fim de redefinir os critérios para a caracterização das atividades ou operações perigosas, e revoga a Lei n° 7369, de 20 de setembro de 1985. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 9dez. 2012. Disponível em: . Acesso em: 3nov.2014.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 16 – Atividades e Operações Perigosas, 2014.Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 14.out. 2014 Disponível em: Acesso em: 3 nov.2014
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8.set. 2014. Disponível em:. Acesso em: 3 nov. 2014.
BRASIL. Portaria nº 1.078 de 16 de julho de 2014. Aprova o Anexo 4 - Atividades e operações perigosas com energia elétrica – da Norma Regulamentadora n.°16 – Atividades e Operações perigosas.Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 17.jul. 2014 Disponível em: . Acesso em: 3 nov. 2014.
BORGES-ANDRADE, J. E.; ZANELLI, J. C. Desafios metodológicos da pesquisa em Psicologia Organizacional e do Trabalho. Estudos de Psicologia (Natal), v. 7, p. 3-5, 2002.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia científica. 5. ed.São Paulo: Prentice Hall, 2002.
CHEREMETA, M. et al. Construção da versão abreviada do QWLQ-78: um instrumento de avaliação da qualidade de vida no trabalho - Revista Brasileira de Qualidade de Vida, v. 3, n. 1, 2011.
DAVIS W. B.; WERTHER, K. Administração de pessoal e recursos humanos. São Paulo: McGraw-Hill, 1983.
FARQUHAR, M. Definitions of quality of life: a taxonomy. Journal of Advanced Nursing, Oxford, 1995.
FUNDAÇÃO COGE. Segurança e Saúde no Trabalho. Relatório de Estatísticas de Acidentes no Setor Elétrico Brasileiro.Rio de Janeiro, 2013.
GRAY, D. E. Pesquisa no mundo real. 2. Ed. Porto Alegre: Penso, 2012.
GRUPO WHOQOL. Versão em português dos instrumentos de avaliação da qualidade de vida (WHOQOL). Faculdade de Medicina da UFRGS, 1998.
HACKMAN, J. R.; OLDHAM, G. R. Development of the job diagnostic survey. In: Journal of Applied Psychology. v. 60, n. 2, p. 159-170, 1975.
HERZBERG, F. Mais uma vez: Como motivar seus funcionários?. Estados Unidos: Harvard Business Review, 1987.
HUSE, E.; CUMMINGS, T. Organization development and change. St. Paul: West Publishing Company, 1985.
LIMONGI-FRANÇA, A. C.; ZAIMA, G.. Gestão de qualidade de vida no trabalho-GQVT: com ênfase em pessoas equipes e liderança. MANUAL de gestão de pessoas e equipes: estratégias e tendências. São Paulo: Gente, p. 215-238, 2002.
MARTINS, G. A. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MARQUEZE, Elaine Cristina; MORENO, Claudia Roberta de Castro. Satisfação no trabalho - uma breve revisão1. Política Editorial, v. 5409, n. 112, p. 69-79, 2005.
MASLOW, A. H. Motivation and personality. 2nd Ed. New York: Harper e Row, p. 369 1971.
MAYO, Elton. The Social Problems of an Industrial Civilization. Boston: Harvard University, 1945.
MCGREGOR, D. M. The human side of enterprise. New York, McGraw-Hill, 1960.
MENDES,R.A.; LEITE,N. Ginástica laboral: princípios e aplicações práticas. São Paulo: Manole, 2004.
NADLER, D.; LAWLER, E. Quality of work life: perspectives and directions. In: Organization Dynamics. v. 1, n. 11, p. 20-30, 1983.
PEREIRA, E. F. et al. Qualidade de Vida: Abordagens, conceitos e avaliação. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte.São Paulo, v.26, n.2, p.241-50, abr/jun, 2012.
REIS JUNIOR, D. R. Qualidade de vida no trabalho: construção e validação do questionário QWLQ -78. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) - Programa de Pós -Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Tecnológica Federal do Paraná,
Ponta Grossa, 2008.
WALTON, R. E. Quality of working life: what is it? In: Sloan Management Review. Massachusetts, v. 15, n. 1, p. 11-21, 1973.
WESTLEY, W. A. Problems and Solutions in the Quality of Working Life.In: Humans Relations, v. 32, n. 2, p. 111-123, 1979.
WHOQOL Group. World Health Organization.WHOQOL: measuring quality of life. Genebra: WHO, 1997.
Desenvolvido por:
