LÍDERES INFORMAIS EM SALA DE AULA E LÍDERES FORMAIS DE ORGANIZAÇÕES: UM OLHAR COMPARATIVO.

Rogeryo Leite

Resumo


Valores podem ser entendidos como princípios, conceitos, concepções, crenças que definem aquilo que é importante, essencial para o indivíduo. A partir desse entendimento este estudo investigou se há semelhança entre o perfil de valores pessoais dos estudantes de administração de empresas em nível superior e o de líderes profissionais graduados. A comparação do perfil de valores pessoais foi realizada entre líderes formais e estudantes que se destacam no ambiente de ensino por socialização ou por desempenho acadêmico. Constatou-se que há semelhanças entre líderes e estudantes, porém, em relação a grupos diferentes. Este estudo revelou que estudantes com valores mais relacionais, afetuosos e intelectuais têm perfil de valores semelhantes com o perfil de valores de gestores profissionais com perfil especialista, focados em tarefas e resolução de problemas operacionais e sem subordinados diretos. Em contrapartida, estudantes com valores relacionados com liderança, política e status têm perfil de valores semelhantes aos gestores que ocupam posição de comando e lideram pessoas nas organizações formais.

Palavras-chave


liderança;valores pessoais; redes sociais

Texto completo:

PDF

Referências


ALLPORT, G.W.; VERNON, P.E. A study of values. Boston: Houghton Miffin, 1931.

ANSARI, M. A.; KAPOOR, A. Organizational context and upward influence tactics. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 40, 1987.

BASS, B. M. Leadership and performance beyond expectations. New York: Free Press, 1985.

BASS, B, M. Does the transactional-transformational paradigm transcend organizational and national boundaries? American Psychologist, 22, 1997.

BOISSEVAIN, J. Friends of Friends. Oxford: Basil Blackwell, 1974.

BERGAMINI, C. W. Liderança: administração do sentido. 2. ed. São Paulo: Altas, 2009.

BORGATTI, S.P.; EVERETT, M.G.; FREEMAN, L.C. Ucinet for Windows: Software for Social Network Analysis. Harvard, MA: Analytic Technologies, 2002.

BORGATTI, S.P.; FOSTER, P.C. The network paradigm in organizational research. Journal of management, v. 29, n. 6, p. 991–1013, 2003.

CABLE, D. M.; JUDGE, T. A. Managers’ upward influence tatic strategies: The role of manager personality and supervisor leadership style. Journal of Organizational Behavior, n.24, p. 197-214, 2003.

COOPER, D. R.; SCHINDLER, P. S. Métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2004.

FARMER, S. M. et al. Putting upward influence strategies in context. Journal Of Organizational Behavior, n. 18, 1997.

GUILLEN, M. The Limits of Convergence. Princeton: NJ Princeton University Press, 2001.

GOLDBERG, L. R. An alternative description of personality: the big-five factor structure. Journal of Personality and Social Psychology, n. 59, 1990.

HACKMAN, M. Z.; JOHNSON, C. E. Leadership: a communication perspective. 5. ed. Long Grove,IL: Waveland Press, 2009.

HANNEMAN, R.A.; RIDDLE, M. Introduction to Social Network Methods. Riverside: University of California, 2005.

INKELES, A. National Character: A psycho social perspective. New York: Transaction Books, 1997.

INKELES, A. Becoming Modern: individual change in six developing countries. New York: Iuniverse, 2000.

KAHL, J. The measurement of modernism. Austin, university of Texas Press, 1968.

KOTTER, J.P. A force for change: How leadership differs from management. New York: Free Press, 1990.

KOTTER, J.P. AND HESKETT, J.L. Culture and performance. New York: Free Press, 1992.

KLUCKHOHN, C. K. Values and values orientation in the theory of action: an exploration in definition and classification. IN: PARSONS, T; SHILS, E. (org.) Toward a general theory of action. Cambridge, MA: Harvard University Press, p. 388-433, 1951.

KLUCKHOHN, F. R.; STRODTBECK, F .L. Variations in value orientations. Evanston, IL: Row, Peterson, 1961.

MARTELETO, R.M. Análise de redes sociais – aplicação nos estudos de transferência da informação. Ciência da informação, Brasília, v.30, n.1, p.71-81, jan./abr. 2001.

MOWDAY, R.T. The exercise of upward influence in organizations. Administrative Science Quaterly, n.23, 1978.

MEHRA, A.; KILDUFF, M.; BRASS, D.J. The social Networks of high and low self-monitors: Implications for workplace performance. Administrative Science Quaterly, n. 46, 2001.

MENON, T; PFEFFER E.J. Valuing internal vs. external knowledge: explaining the preference for outsiders. Management Science. n. 49, p. 358-370, 2003.

NELSON, R.E. O Uso da Análise de Redes Sociais no Estudo das Estruturas Organizacionais. Revista de Administração de Empresas, n. 24, p. 150-157, 1984.

NELSON, R.E. The Strength of Strong Ties: Social Networks and Intergroup Conflict in Organizations. Academy of Management Journal, n. 32, p. 377-401, 1989.

NELSON, R.E.; MATHEWS, K.M. The Use of Cause Maps and Social Network Analysis in Organizational Diagnosis. Journal of Applied Behavioral Science n. 27, p. 379-397, 1991.

NELSON, R.E; GOPALAN, S. Do organizational cultures replicate national cultures? Organization Studies n.24, p. 1115-1151, 2003.

NELSON, R. E. Cultura Empresarial e atendimento superior. Sorocaba: Cidade Editora, 2006.

NELSON, R.E. A Blockmodel Study of Managerial Hierarchies, Verbal Networks, and Organizational Culture in Four Hospitals. Revista de Administração Pública v.46, p.291-314, 2012

NELSON, R. E. . Leadership, personal values and cultural context in Brazil, China, and the USA. BAR. Brazilian Administration Review, v. 11, p. 47, 2014.

POWELL, W.W. Neither market nor hierarchy: Network forms of organization. Research in Organizational Behavior. Vol. 12, p. 295-336, 1990.

PORTER, M. Vantagem Competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

ROKEACH, M. Beliefs, attitudes, and values: A theory of organization and change. San Francisco: Jossey-Bass, 1968.

ROKEACH, M. The Nature of Human Values. New York: Free Press, 1973.

ROKEACH, M. Some unresolved issues in theories of beliefs, attitudes and values. In: HOWE, H.E.;PAGE M.M. (Org), Nebraska Symposium on Motivation, vol. 27. Lincoln: University of Nebraska Press, 1979.

RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. Rio de Janeiro, Vozes, 1978.

SCHWARTZ, S. H. Are there universal aspects in the structure and contents of human values? Journal of Social Issues, v. 50, n. 4, p. 19-45, 1994.

SCHWARTZ, S. H. A theory of cultural values and some implications for work. Applied Psychology-an International Review-Psychologie Appliquee-Revue Internationale, v. 48, n. 1, p. 23-47, 1999.

SPRANGER, E. Types of Men. New York: GE Stechert Company, 1914.

TOMAÉL, M.I.; MARTELETTO, R.M. Redes Sociais: posições dos atores no fluxo da informação. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e ciência da informação. Florianópolis, n.esp., 2006.

URBAN, W. M. Valuation: Its Nature and Laws, Being an Introduction to the General Theory of Value. London: Sonnenschein & Co, 1909.


Desenvolvido por:

Logomarca da Lepidus Tecnologia